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CAPÍTULO 4

Apresentando o Cristianismo aos Mórmons

CAPÍTULO 4

Para o índice da tradução em Português de “Apresentando o Cristianismo aos Mórmons,” clique aqui.

A Natureza de Deus: Atributos Dignos de Adoração

“A mensagem que dele ouvimos e que anunciamos a vocês é esta: Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.”

1 JOÃO 1:5

PRÉVIA DO CAPÍTULO

De acordo com a Bíblia, alguns dos atributos de Deus são únicos Dele mesmo, enquanto outras características podem pertencer aos seres humanos também. Quando passagens bíblicas atribuem características humanas ou de animais a Deus, deve ser entendido que, algumas vezes, os escritores usaram de linguagem simbólica para facilitar a compreensão sobre o Todo-Poderoso. Quanto a Sua origem, a Bíblia nega que Deus foi alguma vez, um homem mortal pecador, ou que Ele tenha um corpo de carne e ossos. Ao invés disso, Ele existiu como Deus antes da Criação e permanecerá como o único Deus através da eternidade. Dentre Seus muitos atributos, Deus é tanto justo quanto é santo. No que diz respeito a justiça de Deus, os humanos são incapazes de entrar na presença do Santíssimo Deus, a não ser que, de alguma forma, seus pecados sejam perdoados.

Élderes Michaels e Sorensen estavam sentados em nossa sala, ambos segurando copos de água gelada que minha esposa, Terri, os havia trazido. Os dois missionários Mórmons de 19 anos, haviam batido na nossa porta aleatoriamente. Quando os convidamos a entrar, eles o fizeram com alegria, naquele dia quente de agosto.

Élder Michaels, quem já estava em sua missão por um ano e meio, havia vindo de uma cidade pequena em Idaho. Ele estava ansioso para explicar o porquê de estar dedicando dois anos de sua vida como voluntário para sua igreja.

“Nós queremos que as pessoas possam ouvir a respeito do Pai Celestial e de Seu Filho, Jesus,” ele disse. “Trazemos uma mensagem que todas as pessoas precisam ouvir.”

“Eu aprecio o desejo que você tem de compartilhar sua fé com os outros,” respondi. “Poderia perguntar sobre sua crença no “Pai Celestial? Eu tenho ouvido ser dito, ‘Como o homem é hoje, Deus já foi. Como Deus é, o homem poderá ser.’ Você acredita que esta é uma afirmação verdadeira?”

Élder Michaels assentiu. O que eu havia citado é conhecido como a máxima de Lorenzo Snow, originalmente criada pelo homem que mais tarde se tornaria o quinto presidente do Mormonismo. Ela declara que Deus, o Pai, já foi um ser humano uma vez, num mundo prévio, e que é possível para as pessoas se tornarem deuses de seus próprios mundos, na próxima vida. O conceito dessa máxima foi aprovado por Joseph Smith e permanece parte da teologia SUD hoje em dia.1

“Você poderia me ajudar a entender como Deus era antes Dele vir a este mundo?” Perguntei.

O jovem me olhou vagamente antes de olhar para o seu companheiro, o qual também não parecia certo de como responder tal pergunta. Tem havido muitas especulações a respeito de como Deus já foi, porque os líderes da igreja têm evitado essa questão. Eu conversei com muitos Mórmons que especulam que Deus poder ter sido um pecador, num mundo anterior. Como disse um leigo,

“Eu acho que cometer erros é parte essencial do processo de aprendizado. Então, se você seguir a lógica e a razão, eu definitivamente penso que [Deus pecar] é uma possibilidade distinta. Isso não o faz menos poderoso ou coisa assim… isso me faz mais confortável…no sentido de que temos esperança de superar, se ele pôde superar e se tornar tão grandioso como ele é. Porque então, certamente, temos esperança de superar todas as nossas provações e natureza pecaminosa, da mesma forma.”2

A sugestão de que Deus poderia já ter sido um ser humano pecador que adorava um Deus “avô,” numa existência mortal prévia, é um conceito blasfemo para os cristãos.3 Afinal, a Bíblia ensina que Deus é eternamente autoexistente, e permanece imaculado por toda a eternidade. (Salmos 25:8; 92:15). Deus não pode ser tentado pelo pecado. (Tiago 1:13).

“A vida eterna é conhecer ‘o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo,” eu continuei, ao citar as palavras de João 17:3. “Os profetas do Antigo Testamento disseram que adorar um deus falso é idolatria. Esta ideia é apoiada por Jesus e pelos apóstolos.”

Uma vez que ter uma compreensão propriamente adequada de Deus, era importante nos tempos bíblicos, deveria ser também igualmente importante para nós. Num livro publicado dois anos antes de seu falecimento, A.W. Tozer escreveu,

“O que vem às nossas mentes quando pensamos em Deus, é a coisa mais importante sobre nós mesmos… A adoração é pura ou vil, de acordo como o adorador entretém pensamentos de Deus, ou elevados ou baixos… Uma concepção correta de Deus é base não somente para a teologia sistemática, mas, também para à vida cristã prática também. É, para a adoração, aquilo que a fundação é para o templo; onde está inadequada ou fora do prumo, a inteira estrutura, mais cedo ou mais tarde, sofrerá um colapso.  Creio que dificilmente haja um erro na doutrina ou uma falha na aplicação da ética cristã, que não possa ser atribuída finalmente, aos pensamentos imperfeitos e desprezíveis sobre Deus. É minha opinião que o atual conceito cristão de Deus, nestes meados do século XX, é tão decadente a ponto de estar totalmente abaixo da dignidade do Deus Altíssimo e, na verdade, constituir para os crentes professos algo que equivale a uma calamidade moral.”4

Note que, Tozer escreveu isso no início dos anos 1960, quando ele disse que o conceito Cristão de Deus era uma “calamidade moral.” Imagine o que ele não diria se estivesse vivo hoje! Definindo um atributo de Deus como “tudo o que Deus de alguma forma revelou como sendo verdadeiro de Si mesmo,” Tozer acrescentou, “O estudo dos atributos de Deus, longe de ser maçante ou pesado, seria para o cristão esclarecido, um doce e envolvente exercício espiritual.”5 Colossenses 1:10 fala sobre “crescer no conhecimento de Deus.” Tendo dito isto, consideremos a natureza do Deus bíblico.

OS ATRIBUTOS DE DEUS

Millard Erickson escreve, “A teologia é importante porque crenças doutrinárias corretas são essenciais ao relacionamento entre o crente e Deus. Uma dessas crenças lida com a existência e caráter de Deus.”6

Há dois tipos de atributos de Deus. O primeiro sendo os atributos comunicáveis, os quais podem ser compartilhados com seres criados, com humanos, especialmente.

 ATRIBUTOS COMUNICÁVEIS  VERSOS DE APOIO
AmorSalmos 86:15; 136:26; Isaías 54:10; Romanos 5:8; 8:39; 1 João 4:7-8
SantoÊxodos 15:11; 1 Samuel 2:2; Isaías 6:3; Apocalipse 4:8
RetoSalmos 11:7; Romanos 3:21; Efésios 4:22-24
MisericordiosoLucas 6:36; Romanos 9:15-16; Efésios 2:4-5; Tito 3:5
FielSalmos 36:5; 1 Coríntios 1:9; 10:13; 2 Timóteo 2:13; Hebreus 10:23; 1 João 1:9
SábioIsaías 28:29; Romanos 11:33; Tiago 3:17
Bom1 Crônicas 16:34; Esdras 3:11; Salmos 25:8, 34:8; 145:9; Marcos 10:18
GraciosoÊxodos 34:6; Salmos 86:15; 103:8; 116:5; 145:8; Joel 2:13
JustoSalmos 75:1-7; 99:4; 146:7-9; Isaías 30:18; 61:8

Os atributos incomunicáveis não podem ser compartilhados com seres criados. Apesar de poderem ser emulados por cristãos, eles não são compartilhados.

 ATRIBUTOS INCOMUNICÁVEIS   VERSOS DE APOIO
PerfeitoDeuteronômio 32:4; Salmos 18:30; Mateus 5:48
Onisciente (tudo sabe)Isaías 46:9-10; Jeremias 1:5; Atos 1:24; 1 João 3:20

A lista a seguir contrasta as visões cristã e SUD do ser de Deus:

CRISTIANISMOREFERÊNCIASBÍBLICAS  MORMONISMO  REFERÊNCIAS
Deus é um em essência e é o único Deus que existe. Isso se chama monoteísmo (mono= um, teísmo = crença em Deus).Deuteronômio 6:4; Marcos 12:29; 1 Coríntios 8:6; 1 Timóteo 2:5Três deuses separados (Pai/Filho/Espí-rito) que “são um só em vontade, propósito e amor.”7 Triteísmo, não monoteísmo.Os mórmons assumem que os versículos bíblicos que se referem a “um só Deus” significam “um em propósito”, não “um em essência.”
Deus é espírito.João 1:18; 4:24; Romanos 8:2,14; 2 Coríntios 3:17Deus tem um corpo de carne e ossos tão tangível quanto o do homem.D&C 130:22
Deus é onipresente e não é limitado por restrições espaciais.Salmos 139:7-12; Provérbios 15:3; Isaías 66:1; Jere- mias 23:23-24; Amós 9:2-3O corpo de Deus está localizado no espaço e não é corporalmente onipresente.D&C 88:6,7,13
Deus originou tudo do nada (Latim:creatio ex nihilo).Gênesis 1:1; Isaías 37:16; 45:7,18; 66:2; Jó 33:4; João 1:3; Colossenses 1:15-17Deus organizou o universo a partir de material preexistente (Latim:creatio ex materia).Livro de Abraão 4:1; discurso “King Follett”, dado por Joseph Smith, em 1844.
Deus é o único Deus verdadeiro no universo; todos os outros “deuses” são falsos.Deuteronômio 4:35; 1 Reis 8:60; 1 Crônicas 17:20; Isaías 43:10-11; 44:6,8; 45:21-22Vários deuses verdadeiros existiram antes de Elohim (Deus, o Pai) e haverá deuses que O seguirão.Livro de Abraão, capítulos 4 e 5.
  CRISTIANISMOREFERÊNCIASBÍBLICAS  MORMONISMO  REFERÊNCIAS
Deus é onipotente (todo-poderoso), para fazer tudo o que é logicamente possível, apesar de que há algumas coisas que Ele não pode fazer, incluindo pecar ou mentir (Números 23:19; Tito 1:2; Hebreus 6:18).Gênesis 1:1; 18:14; Jó 42:2; Isaías 40:28; Jeremias 32:17; Mateus 19:26; Lucas 1:37; 1 Coríntios 6:14Embora Ele tenha poder sobre tudo, Deus é limitado porque Ele está sujeito à eterna “lei natural”. Deus organizou os elementos já existentes, mas foi incapaz de criar do nada.Livro de Abraão 3:22 e 4:1 refere à múltiplos deuses verdadeiros que colaboraram na criação do universo. Elementos, inteligência e lei são coeternos com Deus (D&C 88:34-40; 93:29,33,35).

Um aspecto no Cristianismo bíblico não realçado no Mormonismo, diz respeito à quão maravilhoso Deus é. Considere a doutrina SUD de como Deus (Pai Celestial), já viveu uma vez, em forma corporal em um reino anterior; aparentemente, foi sua retidão que o qualificou para se tornar o Deus deste mundo. Embora poucos detalhes sejam fornecidos pelos líderes SUD a esse respeito, o Pai Celestial deve ter adorado o seu deus, assim como os mórmons o adoram agora. Em essência, a versão SUD de Deus está apenas um passo à frente de sua criação. Os santos dos últimos dias qualificados acreditam que um dia lhes será dado o direito de possuir a divindade em um estado futuro exaltado, assim como Deus é agora; eles até pensam que serão adorados por seus filhos espirituais. Este esquema torcido dizima a majestade da autêntica grandeza do verdadeiro Deus e verdadeiramente rebaixa o Seu próprio ser.

Em 2017, o Coro do Tabernáculo Mórmon, (seu nome na época), executou o hino cristão “Grandioso És Tu”, que é o número 86, no hinário da igreja de 1985. O hino é baseado em um poema composto no século XIX por Carl Boberg.8 Uma variedade de pesquisas públicas mostra que este é um dos dez melhores hinos de todos os tempos. Confira e veja o quão poderosamente a canção declara a majestade de Deus. Como é possível para um santo dos últimos dias cantar este hino com real significado, se Deus é nada mais que um homem glorificado que

pode ter pecado numa existência prévia? Ao contrário disso, os cristãos bíblicos são livres para cantar sobre a grandeza de Deus com “gusto”! Ninguém jamais será Seu igual.

O TEMOR A DEUS

Porque Deus é maior do que qualquer coisa que possa ser imaginada, Ele deve ser temido. Ter um temor apropriado do Senhor não significa estar olhando em todo canto sempre, cogitando se Deus está prestes a atacar. Em vez disso, um medo saudável é ter o máximo respeito. Jerry Bridges explica:

“É impossível ser devoto à Deus se o coração não está cheio do temor a Deus. É este profundo sentido de veneração e honra, reverência e deslumbramento, que extrai de nossos corações, a veneração e a adoração que caracteriza a devoção verdadeira a Deus. O cristão reverente, santificado, vê Deus primeiramente, em Sua transcendente glória, majestade, e santidade, antes de vê-lo em Seu amor, misericórdia e graça… Em nossos dias, devemos recuperar este sentido de deslumbramento e profunda reverência por Deus.” 9

A poesia do Velho Testamento descreve quão importante isto é. Por exemplo, Provérbios 1:7 diz, “O temor do Senhor é o princípio do saber,” enquanto Provérbios 9:10 e Salmos 111:10 dizem, “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.” Concluindo seu livro poético, Salomão escreveu em Eclesiastes 12:13, “Tema a Deus e guarde seus mandamentos, porque isto é o dever de cada pessoa.”  Crentes com tal atitude são levados à vida (Provérbios 19:23) e experienciam que “nada [lhes] falta” (Salmos 34:9). Verdadeiramente, Deus “satisfaz o desejo dos que o temem;” (Salmos 145:19).

O temos a Deus envolve muito mais do que um simples respeito por Deus. De acordo com Provérbios 8:13, ele é caracterizado pelo ódio ao mal, uma vez que Deus abomina o orgulho, a arrogância e o discurso pervertido. Provérbios 3:7 admoesta os justos a não serem “sábios aos seus próprios olhos,” mas antes “tema ao Senhor e afaste-se do mal.” Provérbios 16:5 acrescenta que a pessoa com um coração arrogante é uma “abominação ao Senhor” e será punida. Muitos cristãos tratam Deus como um cachorrinho fofinho ou como uma não-realidade distante (“o grande homem no andar de cima”) em vez do Deus Todo-Poderoso que Ele é.

Ter a ideia certa sobre Deus elimina a possibilidade de que Deus já foi um ser humano ou que os humanos são “deuses em embrião,” como o Mormonismo ensina.10 Manter noções falsas sobre Deus significa que não há um temor apropriado do Senhor.

A CONVERSA CONTINUA

Decidi investigar o pensamento dos missionários em nossa casa.

“Como você interpretaria o Salmo 90:2 quando Moisés escreveu, ‘de eternidade a eternidade, tu és Deus?”

Eles não tinham certeza de como responder, então eu continuei.

“A ideia de que Deus nunca mudou é ensinada em Malaquias 3:6. Tiago 1:17 diz que em Deus ‘não pode existir variação ou sombra de mudança.’ Até mesmo Morôni 8:18 ensina este conceito.”

A última referência procede do Livro de Mórmon, e eu perguntei se eles se importavam de olhar o versículo. Então, o Élder Sorensen pegou seu tablet e leu Morôni 8:18 em voz alta: “Pois sei que Deus não é um Deus parcial ou variável, mas é imutável, de eternidade a eternidade.”

“O que você acha que isso significa?”

“Nesta esfera, Deus sempre foi Deus,” Élder Sorensen disse. “Ao dizer “nesta esfera,” você está sugerindo que “de toda a eternidade para toda a eternidade’, começou quando Deus se tornou o Deus deste mundo?”

Se as escrituras SUD mostram que nunca houve um tempo em que Deus não fosse Deus, ainda assim os líderes mórmons ensinam que houve um tempo em que Ele era um homem, não Deus (i.e., a declaração feita na máxima de Snow que “Como o homem é hoje, Deus já foi.”), então, há um problema. Aparentemente, o missionário entendeu o dilema e decidiu mudar de assunto.

“A Bíblia não ensina que somos feitos à imagem de Deus?”, questionou. Normalmente, eu gosto de terminar o tópico da conversa, mas notando que os missionários estavam desconfortáveis em continuar no curso atual, eu segui a mudança no diálogo.

“Sim, Gênesis 1:26-27 ensina que os seres humanos são criados à imagem de Deus,” eu disse. “Isso significa que Deus nada mais é do que uma versão anterior de nós? Absolutamente não, já que os cristãos rejeitam o ensinamento em D&C 130:22 de que Deus tem um ‘corpo de carne e ossos tão tangível quanto o do homem’.”

Wayne Grudem resume a descrição do Cristianismo sobre a imagem de Deus, (Latim: imago dei), quando escreveu, “Tanto a palavra hebraica para “imagem” (tselem) quanto a palavra hebraica para “semelhança” (demut), referem-se a algo que é semelhante, mas não é idêntico à coisa que representa ou é uma “imagem” de…Isto simplesmente significaria para os leitores originais, ‘Façamos o homem parecido conosco e para nos representar.’”11

Em vez de ter um corpo carnal como o nosso, Deus, o Pai é “espírito,” como Jesus ensinou em João 4:24.12 Explicando o que significa dizer que Deus é espírito, Grudem escreve:

Deus existe como um ser que não é feito de nenhuma matéria, não tem partes ou dimensões, é incapaz de ser percebido por nossos sentidos corporais, e é mais excelente do que qualquer outro tipo de existência. Podemos perguntar por que o ser de Deus é assim. Por que Deus é espírito? Tudo o que podemos dizer é que esta é a maior, e a maneira mais excelente de ser! Esta é uma forma de existência muito superior a qualquer coisa que conhecemos. É incrível meditar sobre esse fato.13

Élder Michaels entrou na conversa e perguntou, “E quanto ao tempo em que Moisés viu a Deus??”

Ele estava se referindo a Êxodo 33:11, onde diz que “o Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com o seu amigo.” Para explicar a passagem, eu tinha que primeiramente, explicar que as afirmou em descrições na Bíblia não podem ser sempre tomadas de forma literal, o que pode vir a surpreender alguns leitores. Porém, considere como Jesus afirmou em Mateus 5:29 e 18:9 que se o olho de uma pessoa o fizesse pecar, aquele olho deveria ser arrancado. Ele também disse que a mão ofensora deveria ser cortada. Ele quis dizer que as pessoas deveriam mutilar a si mesmas? De modo algum. Em vez disso, Ele enfatizou a importância de deixar de pecar.

De maneira semelhante, a Bíblia usa uma linguagem metafórica para descrever o Deus indescritível do universo. Enquanto ela diz que Deus, o Pai é “invisível,” e que “ninguém jamais viu Deus;” ( João 1:18; 5:37; 1 Timóteo 1:17; 6:16), qualidades humanas são usadas para descrevê-Lo. Isso se chama antropomorfismo (lit.: na forma de um homem). Mesmo que Deus não tenha forma visível, Ele é retratado como tendo:

  •  rosto (Levíticos 20:6; Números 6:25)
  • braços (Salmos 89:10; Deuteronômio 4:34; 5:15) com mãos (Números 11:23) e dedos (Êxodos 8:19)
  • olhos (Salmos 34:15; Deuteronômio 11:12)
  • ouvidos (2 Reis 19:16; Neemias 1:6)
  • pés (Isaías 66:1)
  • nariz (Deuteronômio 33:10) para cheirar (Gênesis 8:21)
  • boca (Deuteronômio 8:3) com lábios (Jó 11:5) e língua (Isaías 30:27)

Além disso, Deus tem sido personificado com os traços de uma águia (Deuteronômio 32:11), como sombra (Salmos 91:1), e como um templo (Apocalipse 21:22), assim como tendo as asas de um pássaro (Salmos 36:7; 91:4). É dito que Deus mudou de ideia (Êxodos 32:14), cedeu (2 Samuel 24:16; Jonas 3:10), relembrou (Gênesis 9:16), sentiu tristeza (Gênesis 6:6), lamentou (1 Samuel 15:35), e descansou (Gênesis 2:2). Jesus disse em João 6:46, que ninguém tem “visto o Pai, a não ser aquele que vem de Deus [Jesus].” Em Êxodos 33, então, Deus falou com Moisés “face a face” numa forma figurativa, e não literal.

Voltando à conversa com os missionários, decidi voltar ao início.

“A ideia do Mormonismo de que o Pai Celestial já viveu como humano em um mundo anterior, me preocupa,” eu disse. “Afinal, a quem Deus adorou? Não deveríamos querer descobrir esse Deus e adorá-lo também?”

Eu estava levando a primeira parte do dístico de Snow literalmente. Se Deus tinha um Deus que era verdadeiro, e se aquele Deus tinha se próprio Deus que era verdadeiro, e assim por diante, retrocedendo infinitamente no passado, então, deve haver uma multiplicidade de Deuses verdadeiros. No entanto, Isaías, nos capítulos de 43 a 45, nega a possibilidade de que possa haver múltiplos deuses verdadeiros.  Considere estes versículos:

“…antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador.” (Isaías 43:10b-11)

“Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus.

Não fiquem apavorados, nem tenham medo. Por acaso, não revelei e anunciei isso a vocês muito tempo atrás? 

Vocês são minhas testemunhas. Será que há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça.”

(Isaías 44:6b,8)

“Eu sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus.” (Isaías 45:5a)

“Eu sou o Senhor, e não há outro.” (Isaías 45:18d)

“Quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde aquele tempo o anunciou? Será que não fui eu, o Senhor? Pois não há outro Deus além de mim, Deus justo e Salvador não há além de mim.” (Isaías 45:21)

O Mórmon poderá argumentar que nenhum outro deus “neste mundo” deve ser adorado e que isso não excluiria a possibilidade de deuses em outros mundos. Isto é ler as ideias preconcebidas no texto, já que Isaías deixou claro que Deus nem mesmo sabe sobre outros deuses. Poderia Deus realmente ter se esquecido de Seu próprio pai ou daqueles outros deuses em existência antes Dele, assim como dos que viriam após Ele?

“Só pode haver um Deus verdadeiro na existência,” expliquei. “Conhecido como o “Shema”, Deuteronômio 6:4 é repetido a cada sábado em todas as sinagogas judaicas ao redor do mundo. Diz, ‘Escute, Israel, o Senhor nosso Deus, é o único Senhor.’ A palavra hebraica para um é echad, que designa a única essência de Deus e não meramente o Seu propósito.”

Este conceito é tão importante que, quando inquirido sobre o “mais importante de todos” os mandamentos de Deus, Jesus recitou essa declaração em Marcos 12:29, antes de resumir os Dez Mandamentos. Enquanto os santos dos últimos dias possam argumentar que Deus é “um em propósito”, a unicidade de Deus significa muito mais que isto. A ideia politeísta de uma multiplicidade de deuses em existência, —antes e depois de Deus—é rejeitada pela Bíblia. Há consequências graves por não crer no Deus que deve ser adorado “em espírito e verdade” (João 4:24).

Nesse ponto, o Élder Sorensen escolheu trazer à tona uma questão que transformaria a versão do cristianismo de Deus em um ogro.

“Você acredita que seu Deus enviaria pessoas para o inferno?”

De acordo com o Mormonismo, praticamente todos irão para um de três graus ou reinos de glória: o telestial, terrestrial, ou o celestial. Isto sendo porque cada pessoa teria feito a escolha certa enquanto um ser de espírito na preexistência, como é conhecida, ficando assim ao lado de Jesus, e não de Lúcifer, durante o que é conhecida como a Guerra no Céu.  Podemos saber disso porque é impossível no Mormonismo para os espíritos desobedientes receberem corpos; Estes espíritos foram expulsos do que é chamado de “Primeiro Estado” e tornaram-se os demônios que seguem a Satanás. Enquanto, as trevas exteriores é algo semelhante à versão bíblica do inferno eterno, líderes Mórmons têm ensinado que este estado é basicamente reservado à estes espíritos caídos.

Decidi responder à pergunta dele fazendo uma própria.

“Você acha que o inferno—a eterna separação de Deus—é injusto?”

“Claro que sim. Como poderia um Deus amoroso punir os seres humanos eternamente, por pecados temporários?

“Você está sugerindo que o pecado deve ser perdoado, mesmo se a pessoa não deseje que seus pecados sejam perdoados?

“Se Deus é amor, mandar as pessoas para o inferno parece exagero!”

“A Bíblia ensina que todos os seres humanos têm um enorme problema. Romanos 3:10 diz que, ‘não há justo, nenhum sequer, enquanto o versículo 23 diz que toda pessoa nasceu no pecado e ‘carece da glória de Deus.’”

Muitos gostariam de minimizar o pecado, exceto quando esse pecado vai contra eles, como quando recebem a ligação de alguém querendo seus números de cartão de crédito para arrumar o problema que o computador está tendo com o programa da Windows, ou quando alguém corta a linha do caixa à sua frente, no supermercado. Foi já dito que os seres humanos não são pecadores porque eles pecam, mas eles pecam por serem pecadores. Contrário ao segundo Artigo de Fé, originalmente escrito por Joseph Smith, é através da desobediência de Adão que todas as pessoas foram contaminadas pelo pecado original, dando-lhes uma natureza corrupta que leva à morte (Romanos 5:12). Além do pecado original, toda pessoa também comete pecados individuais, através de desobedecer aos mandamentos de Deus, tais como são revelados na Bíblia. Cada um se torna um especialista em se “destituir da glória de Deus.”

 Continuei.

“Deus é santo e justo. Ele não pode permitir que o pecado venha à Sua presença. No final, as pessoas com pecados não perdoados serão eternamente separadas de Deus. Em essência, as pessoas não podem culpar a Deus se rejeitarem o dom do perdão que Ele oferece.”

Há muitas referências para apoiar a ideia de que Deus é santo e justo. Por exemplo, 1 Samuel 2:2 diz,

“Ninguém é santo como o Senhor, porque não há outro além de ti, e não há rocha como o nosso Deus.”

Deus é louvado em Isaías 6:3:

“E clamavam uns para os outros

dizendo: ‘Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra esta cheia da sua glória!’”

Mas Deus também é descrito no Salmo 33:5 como Um que “ama retidão e justiça.” Isaías 61:8 afirma: “Porque eu o Senhor, amo a justiça.” Provérbios 28:5 ensina que “os maus não entendem o que é justo, mas os que buscam o Senhor entendem tudo.”

Os infratores das leis de uma nação são geralmente punidos. O ladrão, o assassino, o sonegador de impostos ou o abusador de crianças, não pode dizer: “É injusto me punir só porque fui pego!” Quando um crime é cometido, a justiça é devida. Esse era um conceito que eu precisava deixar claro.

“Não é difícil mostrar como Adolf Hitler deve ser banido do céu”, disse.14 “Vamos adicionar Mao, Stalin, Lenin e Pol Pot a essa lista daqueles que merecem ser eternamente condenados. E não vamos parar por aí. Meu nome precisa ser incluído junto com os seus”.

Estava claro que eu tinha a atenção deles.

“Podemos não ter assassinado, mas já odiamos. Podemos não ter tido relações sexuais com ninguém fora dos limites do casamento, mas cobiçamos. Se mantivermos toda a lei, mas falharmos em apenas um ponto, somos culpados de tudo.15 Portanto, vocês e eu merecemos o inferno. Seria justo. Como o apóstolo Paulo explicou em 1 Coríntios 6, ‘os injustos não herdarão o Reino de Deus.’”

Eu precisava deixar claro que, como humanos falíveis, somos bons em minimizar nossos próprios pecados e nos comparamos aos Hitlers do mundo. A ideia de um Deus justo é ensinada por outras religiões, incluindo o fogo do inferno no Islã para aqueles que rejeitam Alá e seu profeta Maomé. Budistas e hindus insistem que um terrível estado futuro aguarda aqueles que têm karma ruim. E as Testemunhas de Jeová advertem que as almas dos não-membros serão aniquiladas. A justiça também desempenha um papel no mormonismo. “Suas escrituras e líderes ensinam que àqueles que não forem considerados justos será negada a divindade no estado final,” eu disse. “Além disso, se a preexistência é verdadeira como ensinam seus líderes, então um terço dos irmãos e irmãs espirituais de toda a humanidade foram negados tabernáculos corporais por causa de sua desobediência, resultando em serem expulsos do céu. Esses espíritos não são qualificados para

nenhum reino de glória e serão destinados às trevas exteriores. Você pode pensar que eles merecem punição eterna por causa de sua desobediência, mas permita-me perguntar-lhes, quantos pecados vocês já cometeram?”

Muitos santos dos últimos dias parecem não ter nenhum problema em barrar esses espíritos pré-existentes de qualquer um dos reinos. No entanto, cada pessoa deve se olhar no espelho e entender que a punição por seus próprios pecados é merecida, não importa o quão “bom” ela possa racionalizar ser. Não há dúvida de que a doutrina do inferno é um assunto difícil, que muitos cristãos hesitam em abordar, apesar do claro ensinamento dado na Bíblia. R.C. Sproul diz que isso não é benéfico para a igreja cristã universal:

“Temos uma imagem de Deus como cheia de benevolência. Nós O vemos como um atendente de hotel celestial que podemos chamar quando precisamos de serviço de quarto, ou como um Papai Noel cósmico que está sempre pronto a nos encher de presentes. Ele tem o prazer em fazer tudo aquilo que pedimos que faça. Enquanto isso, Ele gentilmente implora que mudemos nossos caminhos e nos tornemos para o Seu Filho, Jesus. Não costumamos ouvir falar de um Deus que comanda obediência, que afirma Sua autoridade sobre o universo e insiste em nos curvarmos ao Seu Messias ungido.”16

Ao contrário da percepção que muitos têm, Greg Koukl traz um ponto interessante quando escreve: “Do que Jesus estava nos resgatando? Aqui está a resposta. Jesus não veio para nos resgatar de nossa pobreza, de nossos opressores ou mesmo de nós mesmos. Jesus veio para nos resgatar do Pai.”17 Em Mateus 10:28, Jesus disse que, “não temam os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; pelo contrário, temam aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma quanto o corpo.” (Veja também Mateus13:49-50; 24:45-51; Marcos 9:43-48.)

Quando falamos em justiça, o que realmente seria injusto, seria qualquer pessoa obter o céu desde que, como discutimos, cada pessoa merece o inferno. Não é um pensamento agradável. Hebreus 10:31 diz, “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” O apóstolo João escreveu em Apocalipse 20:15, “E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse era lançado no lago de fogo.” O julgamento justo de Deus é descrito em in 2 Tessalonicenses 1:9: “Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder,”18

Paulo também escreveu em Romanos 2:5-8:

“Mas, por ser teimoso e ter um coração impenitente, você acumula contra si mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignação para os egoístas, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.”

Koukl acrescenta o seguinte:

“Agora, você pode debater se há fogo real no inferno ou não, mas esse não é o ponto. Eu, por exemplo, não estou convencido de chamas literais ou escuridão ou ranger de dentes. Às vezes, as coisas eternas são descritas em termos terrenos porque não há outras opções disponíveis. O que estou completamente convencido, porém, é que o sofrimento é real e severo, quaisquer que sejam as imagens que possam ser colocadas em jogo para descrevê-lo…O tormento e o sofrimento conscientes daqueles banidos por Deus nunca acabarão. Jamais.”19

A conversa não terminou. No capítulo 7, retornaremos a essa discussão ponderada com esses dois missionários, à medida que o tema se voltou para a doutrina da Trindade.

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

  1. Por que os cristãos consideram blasfêmia sugerir que Deus já foi um ser humano que poderia ter pecado em uma vida anterior?
  2.  Qual é a diferença entre um atributo comunicável e incomunicável de Deus? Se você pudesse escolher somente três dos atributos de Deus, quais você diria que são seus favoritos e por quê?
  3. O que significa dizer que os crentes devem ter um temor apropriado ao Senhor?
  4. O que é antropomorfismo? Quando a Bíblia usa características humanas para descrever Deus, como isso deve ser interpretado corretamente?
  5. Se alguém dissesse que o Deus do cristianismo não é justo porque nem todos vão para o céu, como poderia um cristão responder a isso, de forma bíblica? O inferno é justo? 

 RECURSOS RECOMENDADOS

Recurso de Nível Básico

Stonecroft Ministries, What Is God Like? (Eugene, OR: Harvest House Publishers, 2012).

Recurso de Nível Médio

A.W. Tozer, The Knowledge of the Holy: The Attributes of God and Their Meaning in the Christian Life (San Francisco, CA: Harper and Row, 1961).

CAPÍTULO 4—A NATUREZA DE DEUS: ATRIBUTOS DIGNOS DE ADORAÇÃO  

  1. Por exemplo, veja “Does Lorenzo Snow’s famous couplet no longer have a functioning place in LDS theology?” (mrm.org/snow-couplet). Este dístico foi ensinado em manuais da igreja recentemente, designados para a leitura de membros, incluindo o capítulo 14 em “Teachings of Presidents of the Church:George Albert Smith” (Salt Lake City, UT: The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 2011) e capítulo 5 em “Teachings of Presidents of the Church: Lorenzo Snow” (Salt Lake City, UT: The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 2012). Quanto a se tornarem deuses, um ensaio oficial dos Tópicos do Evangelho, publicado pela Igreja SUD explica que “a natureza divina que os seres humanos herdam pode ser desenvolvida para se tornar semelhante à do Pai Celestial.” See mrm.org/becoming-like-god.
  2. Encontrado em GodNeverSinned.com, um site criado pelo associado da MRM, Aaron Shafovaloff. youtube.com/watch?v=WyH61ybnPBE. Elipses minhas.
  3. O Deus do Pai Celestial—quem quer que Ele seja e qualquer que seja o Seu nome—não é consideradopelos mórmons como o Deus “avô” da humanidade. Na realidade, porém, esse é quem esse deus seria se o conceito fosse verdadeiro.
  4. A.W. Tozer, The Knowledge of the Holy (New York: Harper & Row, 1961), 1-2. Elipses minhas.
  5. Ibid., 12.
  6. Millard J. Erickson, Christian Theology (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1986), 1:28. “Teologia” significa literalmente o “estudo de Deus” (theos = Deus, logy = estudo de). Mais de uma vez eu disse aos meus alunos que todo cristão deveria amar a teologia, porque o que poderia ser mais importante do que estudar Deus!
  7.  Veja news-ca.churchofjesuschrist.org/article/mormonism-101-faq.
  8. O nome do coro foi mudado para o “Tabernacle Choir at Temple Square” em 2018.
  9. Jerry Bridges, The Practice of Godliness (Colorado Springs, CO: NavPress, 1983), 26-27. Elipse minha.
  10. Na página 8 da revista “Ensign,” de julho de 1973, Marion G. Romney—um membro da Primeira Presidência —disse, “A verdade é, meus amados irmãos e irmãs, que o homem é um filho de Deus—um Deus em embrião.” Esta ideia também foi ensinada por Spencer W. Kimball em “O Milagre do Perdão,” The Miracle of Forgiveness (Salt Lake City, UT: Bookcraft, 1969), 3.
  11. Wayne Grudem, Systematic Theology: An Introduction to Biblical Doctrine (Grand Rapids, MI: Zondervan Academic, 1994), 442-43. Itálico no original. Para um artigo intitulado “Responding to the Claim that God was Once a Man,” visite, mrm.org/god-once-a-man.
  12. Ver João 1:18 bem como1 Timóteo 1:17; 6:15-16.
  13. Grudem, Systematic Theology, 188. Itálico no original.
  14. Até mesmo Adolf Hitler é qualificado para um dos reinos de glória do mormonismo, uma vez que o trabalho vicário em seu favor foi realizado no templo SUD de Londres, Inglaterra. Em 1993–1994. Para ver a lista de batismo e investidura digitalizada de Hitler, visite mrm.org/adolph-hitler-record.
  15. Ver Mateus 5:22,28 e Tiago 2:10.
  16. R.C. Sproul, Does God Control Everything? (Orlando, FL: Reformation Trust, 2012), 21.
  17. Greg Koukl, The Story of Reality (Grand Rapids, MI: Zondervan, 2017), 117.
  18. O Livro de Mórmon ensina a existência do inferno. Para mais informações, veja beggarsbread.org/2017/03/05/ the-book-of-mormon-and-the-eternality-of-hell.
  19. Koukl, The Story of Reality, 160. Elipse minha.

Para o índice da tradução em Português de “Apresentando o Cristianismo aos Mórmons,” clique  aqui.

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